Ser mãe de um alérgico é...
Ser mãe de um alérgico é…
Estar com gripe, chegar do médico depois das 20h30, jantar e ainda fazer cupcakes para um convívio na escola no dia seguinte…e esperar que fiquem bons.
E ficaram ótimos!
São Martinho
E aqui chegaram assim as castanhas assadas da escola.
Durante a tarde tiveram direito a cantar a musiquinha das castanhas assadas na RTP Madeira.
“Estavam boas, mamã!”
Pão por Deus
Que festa tão linda
Está quase a chegar
É o Pão por Deus
Que vem para alegrar
Os frutos cheirosos
No saco guardar
Para o nosso jogo
Podermos jogar
Castanhas
Maçãs
Figos e nozes, laranjas, romãs
Heróis da Fruta
Já ouviram falar no projeto Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável?
É um desafio lançado pela APCOI – Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil a todas as instituições de ensino pré-escolar, jardins de infância, escolas básicas do 1º ciclo e ATL’s, com o objetivo de incentivar e reforçar o consumo diário de fruta no lanche escolar, promovendo hábitos alimentares mais saudáveis.
A escola da Sara já aderiu.
Está aberta a temporada dos bolos!
Está oficialmente aberta a temporada dos aniversários na escola.
Isto quer dizer que vou passar a fazer (e a comer) muitos bolinhos cá em casa. Ontem foram uns cupcakes de cenoura com sementes de chia, receita nova que resolvi experimentar.
A caixinha foi para a escola com dois cupcakes e voltou vazia. Parece que nem migalhas caíram no chão…
Sábado há mais!
O regresso à escola
A escola recomeçou no dia 1 de Setembro.
Entre a preparação do material, da colocação das etiquetas e da vontade de usar a mochila nova, havia o nervoso miudinho decorrente das mudanças que iam acontecer no início do novo ano letivo.
A Sara mudou de sala e de educadora. A valência de jardim de infância (pré-escolar) tem um número superior de alunos por sala, por isso agora são mais amiguinhos para brincar, mais amiguinhos para comer no refeitório, mais amiguinhos que vão fazer anos, o que significa mais bolos para eu fazer e levar para a escola ao longo do ano. E está quase quase a começar a season dos aniversários.
Os primeiros dias foram sobretudo para fazer uma atualização do estado das alergias (e não só) à educadora e auxiliares, e relembrar todas as recomendações que faço desde o berçário. As minhas dicas sobre a escolha da escola e outras recomendações aqui.
O plano de ementas semanais apresenta algumas diferenças relativamente ao dos anos anteriores, por isso também foi necessário voltar a falar com o nutricionista da escola para elaborar um plano adaptado para a Sara. Já se passaram duas semanas de almoços e lanches, e tudo correu normalmente.
A semana passada foi tempo de começar a se adaptar à rotina da nova sala.
Em breve começam as atividades a sério. A minha menina está quase a ter a sua primeira aula de informática e eu estou desejosa de vê-la aprender coisas novas.
Como identificar o material da escola?
Quando estava a preparar as roupas e restante material para a Sara ir para a escola pela primeira vez, procurei umas etiquetas que fossem resistentes a tudo. Laváveis na máquina de lavar roupa e na máquina de lavar louça.
Encontrei este site que envia para todo o lado, e achei que tinham bons preços. Comprei umas simples com o nome completo para colocar em todas as roupas.
Como podemos escolher um desenho para colocar nas etiquetas, reparei que também tinham símbolos para alergias e resolvi comprar mais um conjunto para marcar copos, caixa da bolacha, biberão, e tudo mais que fosse relacionado com alimentação.
Acho que consegui chamar a atenção.
Eu optei por estas etiquetas, mas pesquisando um pouco, encontramos na internet vários tipos de soluções, como pulseiras, lancheiras, estojos, etc.
Deixo aqui uns exemplos de umas pulseiras bem engraçadas.
Como escolher a escola?
Uma das nossas grandes preocupações quando temos um filho alérgico, é a ida para a escola.
No meu caso, já tinha tomado a decisão de colocar a minha filha num infantário muito antes do diagnóstico. Eu já tinha a data de regresso ao trabalho marcada, por isso tratei da inscrição bem cedo. O diagnóstico coincidiu exatamente com a entrada na escola, quando ela tinha 6 meses. Eu poderia ter mudado de ideias e voltado atrás, mas decidi ir em frente. A alternativa melhor era ficar comigo a tempo inteiro, mas eu tinha de trabalhar.
Tratei das declarações médicas, do medicamento de SOS, e tive uma conversa com a educadora da Sara sobre os cuidados necessários, sintomas possíveis de reação alérgica, o que fazer em caso de emergência, e pedi para passar a informação a todas as outras funcionárias da escola que interagiam com a Sara.
Durante o primeiro ano e segundo ano, não tive grandes preocupações com a ementa semanal da escola. O almoço para bebés até dois anos de idade não tinha nada de especial e a Sara sempre comeu igual aos colegas. Só os lanches é que tinham de ser adaptados. Eu levava o leite, a papinha e a bolacha dela.
No início deste ano letivo verifiquei que a ementa já tinha mais variedade, alguns pratos que podiam ter alergénios ou derivados, e então senti que devia fazer mais alguma coisa para que a Sara continuasse a fazer as refeições dela com os coleguinhas sem problemas e riscos desnecessários.
Quando lhes falei a primeira vez sobre a situação da Sara, disseram-me que o nutricionista da escola estava à disposição para falar comigo e ajustar o que fosse preciso nas refeições dela. E foi em Setembro que achei que era altura de ter essa conversa. Correu muito bem e ele elaborou um plano com alternativas para a Sara, nos dias da semana em que houvesse algum alimento proibido. Essa ementa alternativa está com a educadora, na cozinha da escola, e as refeições vêm identificadas para não haver confusão. E outra coisa muito importante, é que ela come sempre com os colegas, não é excluída de nada.
Continuo a levar o que é necessário para alguns lanches, porque algumas coisas continuam a ser específicas, como o leite e as bolachas. Mas há outros lanches em que ela come o mesmo que os colegas, como pão, sumo de laranja natural, frutas.
Os meus conselhos para quem está preocupado com a escola são os seguintes:
– Visite várias escolas, conheça as instalações e fale com alguém da direção. Pergunte diretamente se estão preparados para receber uma criança com alergias e quais as alternativas que oferecem. Repare se estão dispostos a ouvir a situação, se mostram preocupação e vontade de ajudar.
– Tenha em conta a proximidade da escola relativamente à sua casa ou ao seu local de trabalho. Pode haver alguma situação em que seja preciso ir buscar a criança rapidamente.
– Entregue atestados/declarações médicas a quem for necessário, leve os medicamentos de emergência com a respetiva receita e um documento que explique os procedimentos a realizar no caso de haver uma reação alérgica.
– Estabeleça uma relação de confiança com as educadoras e auxiliares que cuidam diariamente da criança. Nós temos direito a fazer todas as recomendações possíveis e imaginárias, mas tudo vai funcionar melhor se houver confiança e trabalharmos em conjunto.
– Leve todos os objetos e material da criança devidamente identificados, principalmente o que é utilizado na alimentação, para não haver trocas com os colegas.
– Procure saber com antecedência quando vão fazer alguma atividade na sala relacionada com comida, sejam aniversários, épocas festivas, etc. Fale com a educadora para saber qual a alternativa para não excluir a criança dessas atividades.
E connosco tem funcionado assim. Se Deus quiser, ela fica nesta escola até aos 6 anos, e se a cura não vier até essa data, depois terei mais um quebra-cabeças para resolver.
Festa da Família
Hoje fizemos um piquenique organizado pela escola da Sara para celebrar a Festa da Família. Que maravilha!
O espaço escolhido foi a Quinta Magnólia, localizada bem no centro da cidade, numa zona privilegiada, com uma vista fantástica e jardins lindíssimos. Já não ia a este sítio desde a minha infância, quando costumava passar tardes na piscina com o meu irmão.
Além dos jardins, este espaço possui infraestruturas desportivas, como campos de ténis, squash e uma piscina. Mas, por razões que não consigo compreender, foram desativados e estão num estado de degradação avançado.
A escola ficou responsável pela animação do evento, e cada família levou a sua merenda. Perfeito!
Decidi que queria fazer qualquer coisa saborosa e diferente para este piquenique, e resolvi fazer um bolo que também me traz boas recordações de infância: salame de chocolate!
Já tinha uma receita, fiz uma adaptação e ficou muito bom. A Sara ajudou a fazer e também adorou o bolo!
A receita está aqui.
Foi uma manhã muito bem passada, com brincadeiras, pinturas faciais, balões, as famosas pulseiras de elásticos, e fotos de família.
Agradeço à escola por nos ter proporcionado estes momentos.















